domingo, 17 de abril de 2011

Pássaro anjo


No quarto escuro, entregue em meus pensamentos, sempre me vem em mente você. A imagem dos seus olhos piscina. Abraço apertando. Cheiro único. O trovão que veio junto com aquela tempestade. Enchente no meu coração. Pássaro sobrevoando meus desejos. Mas, seria mesmo um pássaro ou um anjo?
Como eu consigo lembrar e não lembrar ao mesmo tempo? Como eu consigo ver e não ver?
No antes, você estava lá, mas não para mim. Agora de volta da viagem no tempo, estamos aqui novamente. Visíveis um para o outro. Dê-me carona em suas asas. Deixe-me voar para longe com você. Dois sozinhos juntos. Não precisaremos de mais nada. Apenas de nós. Faz da minha vida um jardim com flores coloridas como essas que você sempre me presenteia. E é verdade, eu sei. Jamais desejei flores, até você me surpreender com várias delas.

sábado, 16 de abril de 2011

Por onde começo?!

Todos nós temos algo secreto, não negue. Mistérios que gostaríamos de compartilhar. Coisas no íntimo de cada um. E o que nos sobra de vontade de dividir, nos falta de coragem para compartilhar.
O nome que dou a isso? Medo.
Medo do julgamento. De se expor demais. Da má interpretação alheia.
Talvez, sem dizer que sou... Por mais que esteja dizendo realmente, não será tão pavoroso. Tão amedrontador. Ficarei mais a vontade, como se estivesse no meu quarto, deitada na cama, ouvindo músicas no escuro ou no claro, e refletindo sobre os acontecimentos dos meus caminhos mais secretos.
Se alguém me “escuta”? Não sei. Mas como dizem que as paredes tem ouvidos, talvez algum dia elas comecem a ter boca para sairmos do monólogo e entrarmos de vez em um divertido diálogo.
Então, seja bem vindo(a).  Pode entrar. Puxe a cadeira. Não se acanhe. Também não repare na bagunça e na simplicidade. Ainda estou reformando o meu interior.